Ando procurando novidades e um jeito simples de dizer coisas. Tarefa difícil num mundo que já tem tudo. No entanto, as coisas estão por aí, soltas aos canais da percepção, aguardando uma nova forma para serem ditas, porque os tempos são outros. Entre, sente-se ou percorra os cantos dessa casa de ilusões com recortes de realidade.
domingo, 29 de abril de 2012
Antes de olharmos para fora, olhemos para dentro...
Venho mudando a cada dia um pouco, deixando pra trás o que fui, para nascer como preciso ser, isso por expressão de minha única e exclusiva vontade. Tenho um medo danado do imutável, "barquinho parado no meio do mar, sem remos, em mar sem ondas". Logo pelo impacto que a imagem me causa, me remeto a ideia do "não movimento" por prazo alongado. A vida é movimento. O movimento, as vezes, é o próprio "parar", tão necessário quanto seguir em frente. Mas o barquinho perdido no meio do oceano, parece viajar por mares desconhecidos e não sabe encontrar soluções alternativas para movimentar-se.
Não quero ser adepta do "não movimento". Há pessoas que vivem nele longos anos, ou até, a vida toda. Vivem com o mesmos discursos, as mesmas manias, e portanto, os mesmos resultados. É possível, que durante um tempo, uma determinada situação permaneça, para que se esgote e ocorra o aprendizado. Acredito que esse período ainda seja o de movimento, "o movimento de parar", para em seguida dar o próximo passo.
Se as situações se repetem em nossa vida é porque não aprendemos o que é era necessário ter aprendido. Conflito implica dor, mas o lado saudável disso é que ele se instala para a resolução e crescimento de quem o enfrenta. Mas isso depende da postura de cada um. Uns realmente aprenderão, outros assumiram posição de vitimas da vida e se recolherão a condição de injustiçados.
É uma luta árdua, uma batalha consigo mesmo, que deve nos tirar de nossa zona de conforto, portanto sofrível. Os passos dados em direção a mudança podem ser lentos, porém contínuos. Ninguém muda de uma vez, é um processo gradativo que implica respeito e amor próprio, porque difícil mesmo é terminar a vida sem ter vivido.
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Não sei me expressar?
Quando o que se explica
Se torna inexplicável
Porque não atingirá a beira da compreensão exata,
O propósito muda,
Diante de tantas possibilidades de entendimento
Não fará diferença quanto ao modo que entender.
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Em licença maternidade
enquanto ela canta para ele:
-"Fica quietinho que o soninho já vem"...
O bebê brinca com a cortina e nada de dormir.
O bebê chora, ela o segura...
o bebê não cai no sono;
Chora, mama, sorri, brinca, soluça, chora, chora..
Ela brinca com o bebê...ele sorri.
O dia passa, e as brincadeiras que cada um brincou dão vida a vida.
O sol indo embora, ela sorri cansada e feliz.
quinta-feira, 19 de abril de 2012
SIMPLES SER DEVERIA ISSO
Seu lugar
QUAL é
No mundo?
Lugar comum?
Casa, carro, cachorro, gato
criança-marido, filho-esperança.
IDEALIZAÇÕES se atendidas
Passagens compradas
Prescrições-sociais atendidas
Dissoluções EMBLEMÁTICAS
REduzidas
MAS...ao contrario disso
DESTORCIDAS.
RECORRENTES engodos
Dissonantes enredos
FURTIVOS interesses
Jogos de azar
Mas...no mais
O que querem todos
É Apenas amar.
Qual é seu lugar?
Aqui, aí, ali, lá...
Mera noção espacial
Mundo desigual
Plural de conflitos.
Qual seu lugar
no mundo?
QUAL
é?
NÃO É uma busca
FACILMENTE encontrada
FACILMENTE encontrada
tão pouco
simplificada
COMUNICAÇÃO
truncada
Mundos DISCORDANTES
Interferências caóticas
E ninguém
ENTENDE ninguém.
mas
sEJA como for
NO fundo
todos só querem
E precisam DE
AMOR.
segunda-feira, 16 de abril de 2012
RETRATO DO COTIDIANO: O indigente da estrada Moema
No bolso um nome? Um cartão? Uma nota?
Não.
No braço um aviso:
“só Deus sabe minha hora”
No braço um aviso:
“só Deus sabe minha hora”
Muitas balas... e não eram de frutas.
Aqui a realidade -o sentido literal.
No bolso um bilhete com uma única palavra:
AMOR
E na justa falta dele..."O amor" o custo de sua vida.
quarta-feira, 11 de abril de 2012
Somos seres inacabados
(Interior- tela de Pablo Picasso)
Ah o amor! O amor próprio, não amor narcizista, mas aquele...de tratar-se com carinho, aceitar-se, ser bom e amável , e porque não dizer " melhor amigo de si mesmo?". Sim, amor por si, porque não é fácil amar-se quando o mundo prega o dever da modéstia e te molesta com infinitas idéias de que não és bom o suficiente. Então os desajustes entre o ego e o super ego se chocam. Ou te tornas combatente de ti mesmo e do mundo externo, ou te consomes pelo és ou pelo que não és, ou pelo que pensas ou pensam que sois - desarmonia com o universo. E ainda a questão: como amar o próximo se não nos amamos? Como aceitar quem é diferente de nós se não aceitamos nossas próprias insuficiencias? Amando a si, mais fácil amar o próximo. Esse amor alimentado em si é antídoto contra ego inflado. Nele há paz e sabedoria. Experimenta-lo exige viver, deixar-se viver, cair, quebrar-se e recomeçar...estamos sempre em construção ou reconstrução no louco experimento vida.
sexta-feira, 6 de abril de 2012
Reações adversas
Se disser que não me importo
Não olhar
Parecer arrogante
Indiferente
Serão negações tácitas
Involuntárias
e contrárias ao movimento
e a vontade
de ir.
quinta-feira, 5 de abril de 2012
De mãos dadas
Eu o amo...mas o jeito que eu sinto
é maior do que dizer.
E
Amar é uma viagem,
Uma
conjunção de corpos,
Almas
E caminhos.
Dizer que ama é expressão
do sagrado
Que acreditei quando criança
ser coisa só de namorado.
E,
Não sendo fácil definir,
Eu sinto,
E me sinto salva
Me sinto leve
Eu sei voar
Eu sou melhor
Estou segura
Estou em paz
Estou em festa.
Assinar:
Postagens (Atom)