Eu corro na chuva
No sol eu morro
Eu bailo no vento
O vento baila a minha saia
Brinca com meus cabelos
E me beija despudorado.
Então sou
Levada pelo vendaval
Aos temperos do céu
Armadilhas da ilusão.
Acordo...e não vivo
O medo me mata.
E quisera eu não ter medo
Da perda do chão
Da desestabilização
Rotação fora do eixo
Da beira do precipício
E numa queda sem fim
Me jogasse e nunca assim
Encontrasse o chão.
Mas o chão existe
A razão também.